PALESTRA NO HEMOCENTRO DA PARAÍBA - JOÃO PESSOA

Infecções Provocadas pelo HTLV I/II

O professor Marcelo apresentou nesta tarde a palestra sobre os Vírus Linfotrópicos para Célula T de Humanos, no Hemocentro da Paraíba, na Av. Pedro II, bairro da Torre, em João Pessoa.
Na ocasião, o professor foi recebido pela Dra. Alba Jean Viana, Diretora do Núcleo de Educação Permanente do Hemocentro da Paraíba.
Vários profissionais do Hemocentro estavam presentes, onde na ocasião trocamos valiosas informações sobre o diagnóstico destas viroses. De tal forma, que nossa ida não foi tão somente para a transmissão de informação, mas para o nosso aprendizado sobre o trabalho dos Hemocentros no país. Muito Obrigado a todos!



O HTLV-1 e o relacionado ao primata não humano, o STLV, o vírus linfotrópico para células T  de símio derivaram de um ancestral comum, cerca de 50.000 anos atrás. Mas sua disseminação na superfície do planeta, a do HTLV-1, iniciou-se por volta de 23.000 anos depois. A maioria dos infectados, cerca de 98%,  jamais irão desenvolver qualquer tipo de doença. No entanto, o restante, poderá em algum momento da vida, 50 anos após a infecção manifestar um tipo de câncer no sangue, a Leucemia de Célula T do Adulto (LTA), apresentando um prognóstico aterrorizaste com   menos de 10 meses de vida.  Ou em um menor tempo, cerca de 20 anos pós infecção, apresentar uma doença crônica progressiva, que inicialmente se estabelece com fraqueza nos membros inferiores, além de incontinência urinária e fecal. Podendo em até 8 anos, permanecer o resto de sua vida em uma cadeira de rodas, acompanhado de danos neurológicos na memória e na fala. Doença esta chamada de Paraparesia Espástica Tropical/Mielopatia  Associada ao HTLV-1 (PET/MAH).
O pior de tudo, ou o melhor! É que existem vacinas eficazes para impedir a doença em macacos e coelhos. Mas por conta da elevada taxa de assintomáticos, mais de 95%, não há interesse público, ou mesmo privado em desenvolver uma vacina para a espécie humana.

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No final conversamos sobre o tema com os profissionais do Hemocentro. A Dra. Alba foi quem nos convidou para esta palestra. 



Dra. Alba Jean Viana
Diretora do Núcleo de Educação Permanente do Hemocentro da Paraíba


Comentários

Imagem esquemática do SARS-CoV-2 exibindo a espícula glicoproteica S

Imagem esquemática do SARS-CoV-2 exibindo a  espícula glicoproteica S
Ela é responsável pelo fenômeno de adsorção, a ligação do vírus à célula, e portanto, pelo início da infecção viral. O SARS-CoV-2 se liga às células através de um receptor, a enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2), presente nas superfícies de células do pulmão, do intestino, do rim, e de vasos sanguíneos. Imagem: https://www.scientificanimations.com/C&EN/Shutterstock.

Imagem esquemática do SARS-CoV-2.

Imagem esquemática do SARS-CoV-2.
Observe receptor presente na célula [ACE2] que se liga à proteína S. Human cell = célula humana; Glycoprotein = glicoproteína. Imagem: https://www.scientificanimations.com/C&EN/Shutterstock.

SARS-CoV-2 iniciando o processo de infecção.

SARS-CoV-2 iniciando o processo de infecção.
Fenômeno de adsorção - quando o vírus "toca" a célula com "segundas intenções". A menor quantidade de receptores ACE-2 nas células das crianças explicaria o fato desta faixa etária ser menor atingida por este novo coronavírus.