Colégio Pedro II: Um Pouco da Minha História no Colégio Imperial


Arquivo pessoal, Janeiro de 2014.
Foi em 1983, no Colégio Pedro II, o Último e Único Colégio Imperial do Brasil, no bairro de São Cristovão, no Rio de Janeiro, numa aula de Português. Eu tinha 17 anos. A professora estava dizendo que os textos só podiam levar a uma única interpretação. Aí eu não concordei, e disse - É, mas um texto do Drumond caiu no Vestibular da Cesgranrio e ele errou todas as perguntas sobre o seu próprio texto! Como alguém pode interpretar errado o seu próprio texto? Outra coisa, uma cadeira pode não ser simplesmente uma cadeira. Uma pessoa que foi torturada em cima de uma cadeira, certamente irá passar mal, ter taquicardia ao ver esta cadeira! Ou seja, uma cadeira pode não ser só uma cadeira! E tem mais uma coisa, se a senhora me der um texto eu posso interpretá-lo de uma maneira diferente e ainda posso convencê-la de que estou certo.

Pois bem, ela e a turma aceitaram o desafio. Até sugeriram a música. Imediatamente uma colega, acho que seu nome era Irany, pegou a letra de uma música e me deu.

Fui pra casa e uma semana depois trouxe o rascunho abaixo (original de 1983). Mas foi um bafafá! De maluco a esquisito e até exagerado fui tachado.

Sempre ficaram as perguntas na minha "cabeça": - Como o Toquinho, cinco anos antes, pôde prever a queda do Muro de Berlim? Como o Toquinho pôde falar da Globalização que está no Livro de Apocalipse, sem ter nenhum engajamento religioso?

Sempre quis perguntar ao Toquinho sobre esta aparente música infantil, de  criança, que esconde pra mim, um dos maiores mistérios da minha vida. Como eu pude ver um dos maiores enigmas da Bíblia Sagrada nessa letra, da música Aquarela, se eu mesmo repudiava este Livro? O que aconteceu? Quem sabe um dia eu possa perguntar pessoalmente ao Toquinho: - O que você escreveu?

- Tentei reproduzir fielmente o ocorrido naquela aula de 1983 no Pedro II em São Cristóvão no Rio de Janeiro, Brasil. Obrigado meus colegas, obrigado Pedro II. Vocês me proporcionaram este inesquecível momento.

17 anos depois, fui abraçado pelo amor de Deus. E muitas perguntas foram respondidas com a leitura do maior Livro que tive a oportunidade de conhecer e ler, a Bíblia. O Livro sagrado de Deus. O manual que Deus nos deu.
 
Felizmente, conheci Deus no final dos meus 33 anos, em 1999. Deus fez o Universo conspirar a meu favor. Mudou a minha História. Hoje sou Professor Associado  na Universidade Federal da Paraíba. Leciono Microbiologia Geral, Microbiologia Médica e Virologia Humana.

Nunca pare de sonhar! 
  
Paz. Shalom.


Agindo DEUS, quem impedirá ?
Isaías 43:13


Rascunho original de 1983



- Ao Pedro Segundo, tudo ou nada?
- TUDO!
- Então como é que é?
- TABUADA!
- Três vezes nove, vinte e sete. Três vezes sete, vinte e um. Menos doze ficam nove. Menos oito fica um!
- ZUM! ZUM! ZUM!
- PARARATIBUM!
- Pedro Segundo!








Formatura Colégio Pedro II, São Cristóvão,  Rio de Janeiro. 
Brasil, 1983.
Era chamado pelos colegas de "Moreno".


Como disse o meu querido Professor Tito Urbano da Silveira, Diretor-Geral na época:
- Podem me tirar o cargo de diretor um dia, mas nunca o título  de "Aluno do Colégio Pedro II".




O que sobrou da minha 1ª Caderneta. Turma 1109. Nº na ata, 29. 1981.



Comentários

Elza Soares disse…
Marcelo, eu sou a Elza, estudei com você no Pedro II. Hoje moro nos EUA. Estive no Brasil alguns anos para trabalhar com o Comitê Olímpico e voltei para cá quando os jogos terminaram. Eu tinha uma filhinha pequena, lembra? Era amiga da Bia e da Rita. acho que você vai lembrar. Tudo de bom!!!
profmarcelo disse…
Sim, Elza. Eu me lembro de todos vcs.
Olá Marcelo, tudo joia? Eu sou Fabio, da Penha, e preciso falar contigo.
profmarcelo disse…
Olá Fábio, vi agora. Manda email. microbiovirus@yahoo.com.br
Marcia disse…
Dr. Marcelo Moreno, a missão de ensinar é tão importante quanto a missão de aprender. Costumo dizer que: quando quem quer ensinar se encontra com quem quer aprender, o futuro poderá ser assim: o aluno poderá ser melhor que seu mestre. O grande desafio de um professor ( penso eu), que é ter seus ensinamentos compreendido por todos. Mas nem todos ( na verdade alguns), não querem aceitar o conhecimento compartilhado por quem tem muito a compartilhar. Siga nessa preciosa missão de ensinar, e deixe um legado para tantos quantos desejarem aprender com os mestres que um dia foram seus alunos. Forte abraço. Márcio Nobre.
Marcia disse…
Dr. Marcelo Moreno, a missão de ensinar é tão importante quanto a missão de aprender. Costumo dizer que: quando quem quer ensinar se encontra com quem quer aprender, o futuro poderá ser assim: o aluno poderá ser melhor que seu mestre. O grande desafio de um professor ( penso eu), que é ter seus ensinamentos compreendido por todos. Mas nem todos ( na verdade alguns), não querem aceitar o conhecimento compartilhado por quem tem muito a compartilhar. Siga nessa preciosa missão de ensinar, e deixe um legado para tantos quantos desejarem aprender com os mestres que um dia foram seus alunos. Forte abraço. Márcio Nobre.

Imagem esquemática do SARS-CoV-2 exibindo a espícula glicoproteica S

Imagem esquemática do SARS-CoV-2 exibindo a  espícula glicoproteica S
Ela é responsável pelo fenômeno de adsorção, a ligação do vírus à célula, e portanto, pelo início da infecção viral. O SARS-CoV-2 se liga às células através de um receptor, a enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2), presente nas superfícies de células do pulmão, do intestino, do rim, e de vasos sanguíneos. Imagem: https://www.scientificanimations.com/C&EN/Shutterstock.

Imagem esquemática do SARS-CoV-2.

Imagem esquemática do SARS-CoV-2.
Observe receptor presente na célula [ACE2] que se liga à proteína S. Human cell = célula humana; Glycoprotein = glicoproteína. Imagem: https://www.scientificanimations.com/C&EN/Shutterstock.

SARS-CoV-2 iniciando o processo de infecção.

SARS-CoV-2 iniciando o processo de infecção.
Fenômeno de adsorção - quando o vírus "toca" a célula com "segundas intenções". A menor quantidade de receptores ACE-2 nas células das crianças explicaria o fato desta faixa etária ser menor atingida por este novo coronavírus.