Drummond e o Choque Anafilático: O Poeta que recusou "insetos de fogo"

"Foi na década de 80. Eu era apenas um garoto...que amava os Beatles e os Rollling Stones. Mas já sabia quem era decente. Nosso Poeta Drummond sempre me fez pensar. 

Sua última? 
Recusou-se a participar da academia brasileira de letras!

Isso foi muito comentado na época do meu 2º Grau, no Colégio Pedro II, e na minha primeira faculdade, na UFRJ.

Motivo?

Dizem que não queria compactuar com o que estava acontecendo naquela instituição, ícone da Literatura Portuguesa.
Político com uma obra intitulada  algo parecido como "insetos de fogo" agora fazia parte da academia.

Quase 40 anos depois, o Brasil mergulhado no maior escândalo de corrupção do mundo vê esse politico, ora outra, tendo o seu nome citado por delatores, ou mesmo, agora recentemente, denunciado pelo Ministério Público.

Acrescente ainda o fato de que nos últimos anos o seu Estado de origem se encontra mergulhado em constantes crises de atenção à população. Muito embora não seja um "privilégio" somente deste Estado.

Não vou citar o nome desse senhor, nem de sua filha e de seu filho, muito menos tal "inseto de fogo"!

Pode desencadear um choque anafilático* na manifestação da cultura brasileira, já tão sofrida e empobrecida em sua expressão.

Aproveito para perguntar : - Cadê nossos jovens compositores da década de 1970 ? Que denunciaram o momento da época.

 - O que houve? Acabou a genialidade? Foi para isso (o que está sendo revelado no país)?
 - Por quê ( e para quê ) tantos  tiveram sua juventude ceifada!



Copacabana, Rio de Janeiro. Brazil. Janeiro/2017.

Vlw Drummond. Vc é o cara! E não o outro!
Frase modificada do Presidente dos Estados Unidos, Barack Hobama. Abril /2009.



*CASO CLÍNICO REAL DE CHOQUE ANAFILÁTICO OBSERVADO NA EMERGÊNCIA DE UM  HOSPITAL LOCALIZADO NO SEMIÁRIDO PARAIBANO, BRASIL.



No início do século passado, Portier e Richet, observaram que inoculando altas doses de uma toxina em cães matava a maior parte deles. Posteriormente, os cães que sobreviviam eram desafiados com doses baixas da mesma toxina. Mas estas pequenas doses, que não deveriam ser fatais, culminavam na morte destes cães, os quais apresentavam dificuldades respiratórias, acarretando assim um colapso do sistema cardiovascular. Portier e Richet denominaram este estado de choque anafilático. No choque anafilático são observadas manifestações, como: hipotensão, taquicardia, perda da consciência, obstrução respiratória, dispnéia, urticária, e até diarréia. O choque anafilático ocorre quando uma pessoa é exposta a um antígeno, ou seja, quando ela é sensibilizada. Estas reações são devidas à produção de anticorpos específicos da classe IgE que culminam com a liberação de mediadores inflamatórios vasoativos que irão desencadear a anafilaxia (termo do latim que significa “não-protegido”). A liberação desses mediadores faz com que os vasos sanguíneos se dilatem, resultando numa queda brusca da pressão arterial. Sendo fatal em poucos minutos. O presente relato  se refere a um estudo de caso clínico de choque anafilático ocorrido com o Sr. J H S,  atendido em um Municipal do semiárido paraibano, Brasil. Os dados para construção deste estudo de caso foram obtidos  de entrevistas realizadas com o paciente, sua esposa, a Sra. R D S e com o médico que atendeu o Sr. J H S, Dr. C C.  Na ocasião, o Sr. J H S, 48 anos, casado, acompanhado pela esposa, procurou atendimento na emergência do Hospital Municipal, em função do seguinte histórico descrito por sua esposa:  – meu marido sentiu uma dor no peito do lado esquerdo que parecia uma picada de inseto, tipo um marimbondo, no caminho para casa. Ele chegou em casa já desmaiando, sem fôlego, e todo vermelho. Logo comecei a passar álcool pelo corpo dele, enquanto a ambulância chegava para levá-lo ao hospital”. No depoimento do Dr. C C, foi relatado os seguintes fatos: “- o paciente chegou ao hospital em péssimo estado, apresentando placas eritematosas na pele, com perda da consciência e obstrução da garganta. Rapidamente foram verificados os sinais vitais. Ele foi submetido a oxigenoterapia. Foi efetuado acesso venoso para reposição eletrolítica, devido ao quadro de choque. A medicação foi iniciada com anti-histamínico, prometazina, corticóide, e aplicação subcutânea de adrenalina. O que após estas medidas, o paciente rapidamente se recuperou.  Posteriormente, o paciente foi liberado, onde prescrevi loratadina via oral para uso em domicílio”. Na entrevista com o Sr. J H S, foi dito que já houve episódios desta natureza ocorridos em anos anteriores, mas sem maiores gravidades. Mas, no dia 16 setembro de 2011, no terceiro encontro com o inseto, houve o disparo do choque anafilático. Conclui-se que em casos como esse, na tentativa de evitar o óbito do paciente, além de medidas técnicas eficientes de intervenção para cessar as manifestações alérgicas, é de importância fundamental o fator tempo.


Fonte para consulta técnica: 

Microbiologia, 12 th Edition. Tortora, Funke & Case. Cap. 19. Página 517. 2016.

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Imagem esquemática do SARS-CoV-2 exibindo a espícula glicoproteica S

Imagem esquemática do SARS-CoV-2 exibindo a  espícula glicoproteica S
Ela é responsável pelo fenômeno de adsorção, a ligação do vírus à célula, e portanto, pelo início da infecção viral. O SARS-CoV-2 se liga às células através de um receptor, a enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2), presente nas superfícies de células do pulmão, do intestino, do rim, e de vasos sanguíneos. Imagem: https://www.scientificanimations.com/C&EN/Shutterstock.

Imagem esquemática do SARS-CoV-2.

Imagem esquemática do SARS-CoV-2.
Observe receptor presente na célula [ACE2] que se liga à proteína S. Human cell = célula humana; Glycoprotein = glicoproteína. Imagem: https://www.scientificanimations.com/C&EN/Shutterstock.

SARS-CoV-2 iniciando o processo de infecção.

SARS-CoV-2 iniciando o processo de infecção.
Fenômeno de adsorção - quando o vírus "toca" a célula com "segundas intenções". A menor quantidade de receptores ACE-2 nas células das crianças explicaria o fato desta faixa etária ser menor atingida por este novo coronavírus.