Aniversário da COVID-19 no Planeta!
Hoje no mundo (07:31AM) são 118.088.468 casos confirmados, com 66.914.329 recuperados e 2.619.676 óbitos pela Covid-19.
Pandemias são epidemias que afetam todo o globo terrestre. Parece que esta é diferente. Persistente. Tenaz. Variantes genéticas surgem driblando as barreiras, com maior transmissibilidade e letalidade. Inicialmente, os idosos eram a faixa etária preferencial, mas agora vemos a cada dia noticias de que pessoas na faixa de 19 a 40 estão se infectando mais, e assim os óbitos chamam a atenção do mundo. Em 10 de março, 60% dos internados estão na faixa de 30 a 50 anos.
Especialmente no Brasil, os profissionais de saúde já alertavam sobre os efeitos do Carnaval. No momento, diversos estados têm filas de espera em suas UTIs. Por exemplo, vídeos circularam exibindo pessoas participando da festa anual dentro de agências bancárias, ao lado dos caixas eletrônicos! É inacreditável!!!
Fonte:https://gisanddata.maps.arcgis.com/apps/opsdashboard/index.html#/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6 ACesso 11/03/2021 07:35AM.
Notas atuais e dos últimos 12 meses
Atualmente o mundo dispõe de 5 vacinas emergências sendo aplicadas na população: Pfizer, Coronavac, Moderna, Oxford e Johnson.
Apesar disso, a grande pergunta precisa de resposta: – As vacinas protegem contra a temível e misteriosa variante P1?
Nesse momento as pessoas que estão sendo vacinadas tipo Drive Tru declaram: – Agora podemos voltar a vida normal.
Mas fica a questão: – Como tudo se normaliza com a variante circulando por aí? Os dados das vacinas informam que a proteção é para as formas mais graves, mas não garante que ela poderá ser reinfectada e portanto transmitir o vírus.
Devido ao curto tempo, estas vacinas emergenciais ainda não forneceram informações sobre as diferenças de gênero que ocorrem, por exemplo, na infecção e doença do SARS-CoV-2. E portanto, nas próprias vacinas. Veja abaixo texto extraído do livro Principles of Virology, 4ª Edição, 2015, do Prof. Vincent Racaniello.
"Homens e mulheres diferem em sua suscetibilidade à infecção e na gravidade da doença que algumas infecções podem causar. Em geral, os homens são infectados com mais freqüência do que as mulheres, provavelmente porque as mulheres costumam apresentar respostas imunológicas mais fortes do que os homens. No entanto, embora essas respostas possam resultar em uma resolução mais rápida da infecção, elas também podem contribuir para a imunopatologia, que é observada mais em mulheres do que em homens. As reações adversas às vacinas e aos medicamentos antivirais também são maiores nas mulheres do que nos homens, talvez como resultado das diferenças de gênero no tipo de hormônio, bem como das diferenças no metabolismo dos medicamentos e vacinas."
Há 1 ano os estados brasileiros estavam com os hospitais de campanha montados. Atualmente, os mesmos governadores dizem que estão à beira do colapso pela falta de leitos de UTI.
Aguardávamos a tão esperada imunidade de grupo, erroneamente chamada de rebanho, talvez alguma tradução pelo GoogleTradutor. Mas nunca chegou! E ainda temos as variantes!
Eu mesmo acreditava que era de 50% o valor que iria reduzir a transmissão do vírus, e atingiríamos a tão sonhada imunidade de grupo em dezembro de 2020. Publicamos artigos em 2020 sobre a sazonalidade desse novo coronavírus. O que deverá ocorrer nos próximos anos. Entretanto, parece que esta pandemia, terá outros desdobramentos, seu fim pode não estar tão próximo, por conta das reinfecções e caso as atuais vacinas não se mostrem eficazes contra as variantes.
O SARS-CoV-2, este novo coronavírus, ensinou a todos, inclusive aos da aérea. Mas, como no início do século com a Revolta das Vacinas na cidade do Rio de Janeiro, nesta pandemia não faltou e nem faltam motivos inconfessos para a "politização" da crise sanitária. Tivemos até o governador do Rio de Janeiro, Brazil, afastado por conta de desvio dos recursos financeiros destinados à covid. Esta, eu passo para os universitários. Os historiadores, sociólogos e cientistas políticos terão que descrever e analisar essas "idiossincrasias".
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Um outro aspecto importante do ponto de vista imunológico, é o que se refere a proteção e disseminação deste novo coronavírus. Diferente de tudo até agora, em aspectos cruciais.
Para os vírus respiratórios vale lembrar que as respostas imunológicas de mucosas e sistêmicas são diferentes, quando comparamos a infecção natural com a vacinação.
Os pulmões são protegidos por anticorpos presentes no sangue da classe IgG. Já boca, orofaringe, trato respiratório superior são protegidos por outra classe de imunoglobulina, preferencialmente a IgA secretora.
Quando somos infectados por um virus respiratório, infecção natural, há uma indução (produção) tanto de uma resposta imune sistêmica (proteção dos pulmões, via IgG), quanto uma resposta imune da mucosa no trato respiratório superior, predominantemente por IgA. O que nos tornará imunes a estas infecções.
A vacinação intramuscular, como é o caso das atuais vacinas para a Covid-19, podem sim induzir a uma produção de IgG, mas não a uma produção eficiente de IgA nas mucosas. Tornando os vacinados, que por sua vez podem ser infectados no trato respiratório superior, agentes transmissores da Covid-19.
A IgG pode ser encontrada nas superfícies das mucosas do trato respiratório superior, mas a falta ou carência de IgA, deixará a pessoa susceptível à infecção nessa região. Portanto, a pessoa ficará poupada das formas graves da doença pelo SARS-CoV-2 no trato respiratório inferior (pulmões), mas poderá desenvolver um resfriado com sintomas mais brandos, possibilitando assim, caso não observe as medidas de distanciamento, entre outras de contenção, a disseminação da partícula viral na população ("continua a transmissão do novo coronavirus!").
Finalmente, no caso de uma vacina intranasal, esta pode induzir tanto respostas de anticorpos na mucosa, do tipo IgA, como respostas sistêmicas de IgG. Porém, as respostas imunológicas sistêmicas são de menor intensidade. Ou seja, a melhor vacina é a infecção natural, biológicamente falando.
"O imunologista Julio Lorenzi destaca: - Materiais coletados de pacientes que tiveram a infecção com o vírus original, quando expostos à nova variantes, foram capazes de ter boa resposta imune."
Fonte: https://oglobo.globo.com/sociedade/vacina/estudo-confirma-eficacia-da-vacina-de-oxford-contra-variante-brasileira-1-24928306 Acesso 17/03/21. Atualizado para fundamentar o parágrafo anterior.
A boa notícia sobre a vacinação em massa em Israel, por exemplo, é que os casos de Covid-19 já começaram a cair semanas após o início da campanha. Lá, estão utilizando a BNT162, a da Pfizer/BioNTech. Em Gaza e na Cisjordânia utilizam a da Moderna e a Sputnik V. O número de hospitalizações por Covid-19 está em queda, embora o vírus continue causando sintomas leves nas pessoas infectadas, ou possivelmente reinfectadas.
O modelo de Israel é interessante. O mundo científico deve aguardar o que acontecerá nos próximos meses na região. Poderemos saber sobre o tempo de proteção dessas vacinas, em função do SARS-CoV-2 continuar circulando no país.
Para este novo coronavírus, devemos ter cautela. Nada se pode afirmar. Afinal, quase tudo é novo!
Atualizado 13/03/21:
140 pessoas, incluindo profissionais da saúde em serviço, contraíram a Covid-19 depois de vacinados na Ilha da Madeira. Ou seja, as medidas de prevenção devem continuar, mesmo após vacinação.
Fonte: https://sicnoticias.pt/especiais/coronavirus/2021-03-13-Covid-19.-Cerca-de-140-pessoas-contrairam-o-virus-depois-de-vacinadas-na-Madeira Acesso 13/03/2020.
Fontes para consulta sobre o tema abordado acima:
Krammer, F . SARS-CoV-2 vaccines in development. Nature | Pages 516-527 | Vol586 | 22October2020. https://doi.org/10.1038/s41586-020-2798-3.
https://summitsaude.estadao.com.br/tecnologia/covid-19-casos-em-israel-caem-apos-inicio-da-vacinacao/ Acesso 11/03/2021.
Não vou me estender mais nesse assunto aqui. Todavia, a fala do ex-Ministro da Saúde, Dr. Nelson Teich, em relação à conduta não somente técnica, mas também moral, parece ser bem mais lúcida e mais decente:
– O futuro dirá quem estava certo e quem estava errado.
Atualizado 16/03/21:
O Brasil atravessa até o presente momento seu pior quadro nessa pandemia pelo SARS-CoV-2 e suas variantes genéticas. Hoje, Brasil registra recorde por mortes pela covid, no ultimo boletim do MS das últimas 24h, 2.842 óbitos. São 282.128 óbitos confirmados pela Covid-19. Estados adotam medidas mais rígidas na mobilidade urbana. Toque de recolher em várias cidades são decretados. UTIs 100% ocupadas em vários municípios. Vídeos disponibilizados nas redes sociais, exibem filhas, filhos, netos e netas chorando pelos seus entes queridos que morreram aguardando uma vaga na UTI, ao mesmo tempo cobrando das autoridades sobre os recursos financeiros que o Ministério da Saúde liberou no ano de 2020 para enfrentamento da Covid-19. Por outro lado, os próprios profissionais de saúde confirmam que o paciente covid necessita de uma equipe com espertise no tratamento, por conta da complexidade da patologia. Nosso entendimento é de que as pessoas estão morrendo porque não estão sendo atendidas. Não propriamente pela Covid-19. Mas pela ausência de atendimento. Os Jornais de rede nacional, na televisão aberta, informam que pessoas estão morrendo nas filas, literalmente falando.
Ainda hoje, 19/03/21 - atualizado, conversando com uma pessoa da área da saúde sobre as vagas nos hospitais e os gastos com os recursos liberados para a covid em 2020, ela reproduziu a fala de um governador que traz medidas rígidas de controle sobre a mobilidade social, dizendo: - Não adianta só aumentar UTIs, precisamos diminuir o contágio. Quando um governador diz isso e uma pessoa da área de saúde reproduz, isso parece grave. UTI salva vidas. O exemplo da Itália em 2020 mostrou que muitas pessoas morreram por falta de leito e procedimentos errados no manejo clinico, no início do aumento do número de casos diários. Posso estar errado, mas, ou são amadores, ou militantes políticos ou mal intencionados mesmo!
Já as vacinas emergenciais, trouxeram muita ansiedade nos governos e nas populações. Não há vacina para todos, informam as empresas fornecedoras. Também existem filas de países nessa questão.
Acrescente ainda, por exemplo, os problemas enfrentandos pela vacina Astrazeneca da Universidade de Oxford. Vários países suspenderam sua aplicação devido a efeitos colaterais, como a formação de coágulos sanguíneos. Lembremos, também, da anafilaxia da Pfizer/BioNTech no início de sua aplicação e de casos de trombose – o que apresentou mais caso de coágulos. Na época, não foi interrompida. Foram registrados 40 casos de trombose em 17 milhões de vacinados pela vacina de Oxford, cerca de 0,000235% dos casos. Talvez o risco de coágulos na população seja 10 vezes maior nos próximos 7 dias na ingestão de 250 mL de refrigerante açucarado.
No Brasil, com cerca de 2,8 milhões de pessoas foram vacinadas pela Astrazeneca/Oxford. Não houve nenhum caso de formação de coágulos.
O que está acontecendo? Nenhum desses países que suspenderam a vacina de Oxford estão utilizando a chinesa, Coronavac®. Trata-se de uma Guerra Comercial? O tempo irá dizer.
Fontes:
https://www.infomoney.com.br/economia/mais-de-20-paises-suspenderam-aplicacao-da-oxford-astrazeneca-veja-a-lista/ Acesso 16/03/21.
https://noticias.r7.com/saude/rs-divulga-dados-e-pais-tem-recorde-de-mortes-diarias-por-covid-2842-16032021 Acesso 16/03/21.
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Um dado clínico interessante divulgado por algumas pessoas que foram infectadas revelam sequelas no que diz respeito a não sentir mais o "cheiro" das coisas, provavelmente devido a um comprometimento de células do sistema nervoso, o que ocorre de forma semelhante na catapora, quando a pessoa fica por meses sentindo dor na região da lesão viral, mesmo quando não existe nenhuma injúria no local.
Fonte: Jornal da Band, 10/03/2021.
Aqui no Brazil, governadores apostam em medidas de restrições extremas, além do toque de recolher. Governador do estado do Rio Grande do Sul, fecha mercados no domingo e restringe a venda de produtos nestes locais. Por exemplo, proíbe a venda de produtos não essenciais! Resultado: aglomerações nos supermercados nos sábados e aglomerações de manifestantes nas ruas contrários a essa tomada de decisão.
Enquanto isso, a aula híbrida na Universidade Federal da Paraíba já é realidade. As aulas teóricas são online e as práticas deverão ser realizadas no laboratório, observando todas as medidas de proteção dos alunos e dos professores.
Atualizado 20/03/21:
Com o agravamento da Covid no Brasil, as aulas presenciais no modelo híbrido foram suspensas pela Universidade Federal da Paraíba.
Atualizado 26/03/21:
A Universidade Federal da Paraíba suspendeu as aulas remotas no período de 27 de março a 04 de abril de 2021, por conta do decreto 41.120/2021 (26/03/21) do Governador do Estado da Paraíba.
A cidade ficará em lockdown. Os feriados foram antecipados para a próxima semana. Algo inesperado. Estamos em lockdown remoto agora.
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