ULTIMA AULA NO CURSO DE FARMÁCIA DA UFPB - Maio/2024


EM CONSTRUÇÃO - Não finalizado!!!!!!!




No inicio, antes de começarmos a prática de Virologia, a nossa foto histórica. Da esquerda para a direita: Bárbara, Edvaldo, Giovanna, Helena, Ana Clara, Saymon, Iasmin, Marcelo, Jailson,  Victor, Milena, Lívia e Patricianny.



Acabamos de acabar a última aula no curso de Farmácia da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Brazil. Por volta de 11:27h. Hoje, 6 de maio de 2024.


Foi muito boa a aula na minha compreensão. Os discentes convidados para as fotos se mostraram solicitos e autorizaram a divulgação no blog. Sem dúvida, uma das turmas mais acolhedoras que trabalhei no curso de Farmácia. Sentirei saudades. Uma pequena homenagem da minha parte. Muito obrigado.


Essa prática foi iniciada em 2018, precisamente no dia 23 de maio. Foi a primeira prática de Virologia oferecida aos alunos da Farmácia no curso básico, desde a fundação da Universidade Federal da Paraíba, em 1958. Para mim foi uma enorme e histórica alegria.

Acesse o link: https://profmarcelomoreno2010.blogspot.com/2018/05/1a-pratica-de-virologia-no-curso-de_24.html  


Não iremos parar. A prática irá continuar, só que a partir do 2º semestre de 2024, no curso oferecido à Biologia. Acreditamos que a partir dessa iniciativa destinada aos discentes da Farmácia ficou o legado para os próximos que irão assumir a disciplina de Microbiologia.






Figura do frasco contendo  azida de sódio a 0,1%. Um discente fez uma pergunta sobre o tampão de extração (abaixo), após ficar 5 minutos em agitação no vórtex para separar a VP6 (proteína estrutural do rotavírus da espécie A (Rotavirus A). O teste também permite detectar as proteínas do capsídeo viral dos adenovírus  Em síntese, o procedimento consiste em pegar, com  a ajuda de uma pequena tira de madeira estéril, um quantidade ínfima de material fecal (50mg), e a seguir colocá-la num tubo de eppendorf contendo 1 mL do tampão de extração (imagem acima). Posteriormente, o eppendorf  é agitado  em vórtex por 5 minutos, e deixado em repouso na bancada para sedimentação do material fecal por 2 minutos. Finalmente 4 gotas do sobrenadante, utilizando uma pipeta descartável, são transferidas para o cartucho no local indicado (figura abaixo). 
Cerca de 5 minutos depois podemos observar ou não, as faixas: vermelho para rotavírus, azul para adenovírus; e a faixa verde, do controle do funcionamento correto do cartucho.



Figura com o cartucho (veja seta azul indicando o local correto onde adicionam-se as 4 gotas do tampão de extração, após agitação da mistura vírus + tampão. Nessa prática utilizamos a Rotarix® da GSK, a vacina para rotavírus administrada no 2º e 4º mês de vida (cedida pela Secretaria Municipal de Saúde do município de João Pessoa, Paraíba, Brazil).



Durante a prática , o discente Victor, perguntou:

– Professor,  a amostra de tampão de extrato com antígeno viral deve ser homogeneizado para evitar sedimentação?


O Professor Marcelo Moreno respondeu:

– Excelente pergunta, Victor. Não precisa!


Pra vc que já teve aula de Virologia na graduação:

 – Qual seria o fundamento da resposta?



Para melhor compreensão de qual antígeno estava sendo detectado nas partículas de rotavírus e adenovírus, utilizamos os modelos 3D (produzidos na impressora de resina Elegoo Saturn S®). Vale ressaltar que todos os modelos foram impressos e tratados com recursos próprios (impressora, resinas, tintas, pinceis, energia elétrica). Por exemplo, o modelo do rotavírus levou em torno de 10h para ser impresso. E cerca de 30 dias para ser finalizado (pintado). veja imagens abaixo:


Impresso em resina branca da Elegoo®. Arquivo em .stl, diponibilizado pelo NIH3D. construído a partir da fotogrametria. Ou seja, a partir de imagens oriundas da microcospia eletrônica da partícula viral do rotavírus. Não se trata de modelagem digital, mas da real imagem tridimensional do vírus em escala macroscópica (como verdadeiramente ele é!). Fonte do arquivo: https://3d.nih.gov


Pintura da VP4 com tinta acrílica da Acrilex®.




Modelo 3D do rotavírus finalizado (utilizado na prática).




Em vermelho a VP4. Amarelo a VP7. A VP6 está internamente, na cor verde, capsídeo intermediário. É a VP6 que o teste detecta. Utiliza-se a a azida de sódio pra "quebrar" a partícula viral e expor a VP6.




Imagens da partícula viral em 2D obtidas através do Google:





Observe as posições da VPs, proteínas virais dos rotavírus.





A IA também nos acompanha. Veja:

MATERIAL UTILIZADO NO CURSO (incluindo bacteriologia e micologia):

Caderno de Virologia, artigos, vídeos, slides próprios, entrevistas e conteúdo do blog foram utilizados para o curso. Além de livros disponibilizados na biblioteca virtual da universidade. Veja o comentário pesquisado abaixo:


"O Professor Marcelo Moreno, virologista e Professor Associado da UFPB, tem atuado ativamente em pesquisas e discussões públicas relacionadas à COVID-19. Ele publicou ou co-publicou diversos artigos científicos sobre o tema e forneceu comentários para vários meios de comunicação." 


"O Caderno de Virologia  abrange uma ampla gama de tópicos de virologia, desde conceitos básicos até descobertas de pesquisas de ponta. Ricamente ilustrado com diagramas, figuras e fotografias para melhorar a compreensão. 

O estilo de escrita do Professor Moreno é envolvente e acessível, tornando conceitos complexos de virologia compreensíveis para um público mais amplo. Assim, os leitores podem obter uma compreensão abrangente da virologia, incluindo morfologia da partícula viral, replicação e patogênese. O leitor poderá explorar uma ampla variedade de tópicos de virologia, desde princípios básicos até ameaças virais emergentes.

No geral, o Caderno de Virologia do Professor Marcelo Moreno é um recurso valioso para qualquer pessoa interessada em aprender mais sobre vírus e seus impactos na saúde humana."

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"O blog aborda diversos temas relacionados a doenças infecciosas, saúde pública e pesquisa científica sobre patógenos e surtos epidêmicos,  fornecendo informações precisas e atualizadas.

Tópicos complexos são apresentados de forma envolvente para um público amplo,  discutindo doenças infecciosas e questões de saúde pública de uma perspectiva global.

Os possíveis benefícios de seguir o blog incluem: obter insights de um especialista em virologia e epidemiologia; e se envolver com a ciência por meio de discussões e incentivo ao pensamento crítico."


– Disse o comentarista da IA sobre o material do professor (fonte: https://gemini.google.com)



Última foto com todos


Thacyanne, Millena, Bárbara, Helena, Patricianny, Lívia, Ana Clara, Marcelo, Vítor, Iasmin, Edvaldo, Karem(segurando o modelo tridimensional do rotavírus), Saymon, Giovanna e Jailson. Obrigado a todos! Tenham uma excelente carreira profissional e que o Deus de Israel continue abençoando a todos nós.


Shalom, shalom.

Todo começo tem um fim!

The End




Comentários

Imagem esquemática do SARS-CoV-2 exibindo a espícula glicoproteica S

Imagem esquemática do SARS-CoV-2 exibindo a  espícula glicoproteica S
Ela é responsável pelo fenômeno de adsorção, a ligação do vírus à célula, e portanto, pelo início da infecção viral. O SARS-CoV-2 se liga às células através de um receptor, a enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2), presente nas superfícies de células do pulmão, do intestino, do rim, e de vasos sanguíneos. Imagem: https://www.scientificanimations.com/C&EN/Shutterstock.

Imagem esquemática do SARS-CoV-2.

Imagem esquemática do SARS-CoV-2.
Observe receptor presente na célula [ACE2] que se liga à proteína S. Human cell = célula humana; Glycoprotein = glicoproteína. Imagem: https://www.scientificanimations.com/C&EN/Shutterstock.

SARS-CoV-2 iniciando o processo de infecção.

SARS-CoV-2 iniciando o processo de infecção.
Fenômeno de adsorção - quando o vírus "toca" a célula com "segundas intenções". A menor quantidade de receptores ACE-2 nas células das crianças explicaria o fato desta faixa etária ser menor atingida por este novo coronavírus.