4 MILHÕES DE ÓBITOS PELA COVID-19 NO PLANETA!


EM CONSTRUÇÃO!

RASCUNHO ainda!


Com a variante Delta em ação, vários países da Europa e de outros continentes adotam medidas de controle, como Estados de Emergência. Nesse momento com pequena taxa mundial de mortalidade de 2,16%; a SARS-2*(covid) mostra o seu grande impacto no globo – o que muitos não compreendiam no início; a força da natureza exponencial das epidemias e pandemias.

* A OMS nomeou de COVID-19 a doença causada pelo SARS-CoV-2, o que na verdade trata-se de um nome inapropriado, que nada remete à patologia. É uma forma infecciosa da SARS [síndrome respiratória aguda grave], e portanto, deveria ser chamada de SARS-2.




Fonte: Johns Hopkins 




Fonte: EuroNews.




A Pfzier já planeja a 3a dose em função eficácia ter diminuído e o surgimento das variantes.


E Agencia Europeia de Medicamentos alerta sobre casos de miocardite ligada às vacinas da Pfizer e Moderna.

Israel com uma excelente campanha de vacinação experimenta aumento agora em julho.

Já a da Johnson&Johnson, a  Janseen (figura abaixo), com autorização a partir de fevereiro de 2021, causa preocupação, segundo a agência reguladora de medicamentos norte-americana (FDA/US); relatando 100 casos de Síndrome de Guillain Barré nos vacinados, e 1 óbito confirmado, 42 dias após a vacinação. Nos Estados Unidos, sem o imunizante, atinge cerca de 3.000 por ano. Todavia, segundo a FDA, os benefícios superam os riscos.






Guillain-Barré e vacinação em massa

Estudos epidemiológicos sobre as vacinas são importantes para que a comunidade científica possa gerenciar as prováveis complicações  que possam ocorrer. Ou ate mesmo interromper o programa de imunização. Por exemplo, na década de 1970, nos Estados Unidos, foi relatado uma incidência excessiva de casos de síndrome de Guillain-Barré ( doença neurológica ) em vacinados semanas após o início da campanha de imunização contra o influenza suíno no outono de 1976, o que acarretou na interrupção da campanha.

A ocorrência da síndrome de Guillain-Barré não foi observada nos testes em humanos ou mesmo em animais de laboratório. Até os dias atuais o ocorrido é um mistério.

No Brasil, quando a cepa atingiu nosso país, em 1977, a gripe foi chamada de “peste suína”.  Me recordo que meu pai, militar, lotado num hospital na cidade do Rio de Janeiro, "trancou" todos os seus filhos em casa. Saíamos somente para compras (padaria, mercadinho), sendo orientados rigorosamente de como proceder nesses locais, como: não ficar perto das pessoas, não entrar no estabelecimento se estiver cheio, não manter conversas desnecessárias e executarmos nossas tarefas o mais rápido possível. Assim atravessamos aquele momento sem ninguém da família ter gripado.

Tais estudos epidemiológicos são imprescindíveis durante as campanhas de imunização. Cerca de 30 anos depois, em 2009, dados sobre a vacinação em massa contra a gripe H1N1, como foi denominada, orientaram as autoridades de saúde do mundo inteiro para as complicações da vacina e o que era esperado. Por exemplo, na Inglaterra foi previsto dentro da normalidade, 21 casos de síndrome de Guillain-Barré e cerca 6 casos de morte súbita por 10 milhões de pessoas vacinadas no intervalo de 6 semanas de campanha de vacinação.


Enquanto isso...

Em Israel:

Observe número de casos aumentando no Estado de Israel (seta branca). Fonte: Johns Hopkins 



Ou ainda o curioso caso das Ilhas Seychelles no Oceano Índico, ao lado da costa leste da África, que após introdução da vacina contra a Covid, casos e óbitos surgiram inexplicavelmente. Abaixo:


Casos diários, casos diários de óbitos e na parte inferior, curva em verde, evolução do programa de imunização nas Ilhas. 
Fonte: Johns Hopkins. 


Outro dado a ser registrado, é o do Japão, com taxa de mortalidade de 1,8%,  que desde o início da pandemia tomou todas as medidas necessárias para o seu controle. No entanto, suas curvas exibem um número de casos diários aumentando próximo às Olimpíadas que o país sediará. Qual motivo ? Qual variante está circulando no país? qual principal faixa etária que está sendo acometida nesse momento?


Curvas do Japão. Casos diários em vermelho, óbitos diários em branco e em verde a curva de evolução  do programa de imunização [início 17 de Fevereiro de 2021].
Fonte: Johns Hopkins.  


As variantes sofreram recentemente uma nova nomenclatura da OMS por conta da dificuldade dos códigos gerados pela pesquisa dos centros e para não estigmatizar um país ou região. 

As principais variantes circulantes conhecidas atualmente são  a B.1.1.7[alpha], identificada no Reino Unido ; a B.1.351[Beta], que surgiu na África do Sul; a B.1.1.28, codinome P.1, originária de Manaus [Gamma]; a B.1.617.2 [Delta], variante identificada  na Índia; e a B.1.429 [Epsilon], originária da Califórnia. Colocadas nas tabelas abaixo entre outras.



Variantes de preocupação (VOC - Variants of Concern)





Variantes de interesse (VOI - Variants of Interest)



O sistema pango de linhagens (Pango Lineage Nomenclature) é um banco de dados para que as variantes e/ou linhagens do SARS-CoV-2 sejam nomeadas; proposta por Rambaut e colaboradores, 2020. A nomenclatura Pango é utilizada para rastrear a transmissão e disseminação do SARS-CoV-2 e suas variantes.


Observa-se nas variantes α, β, γ, δ, κ, ε, η, ι, λ, P.2 e na B.1.620 a mutação na espícula S, D614G (Figura abaixo); a qual corresponde a troca do aminoácido D (ácido aspártico) para G (Glicina) na posição 614 das três cadeias polipetídicas  que formam a espícula trimérica da proteína S. Uma outr mutação que diversas variantes compartilham é a E484Q, que corresponde a troca do aminoácido E (ácido glutâmico) para K (lisina) na posição 484 da proteína S. A α, δ, ε e a λ não compartilham dessa última.


Exibição do local na espícula glicoproteica S onde ocorre a troca entre os aminoácidos ácido aspártico e Glicina na posição 614 em das cadeias da trimérica proteína S.  Fonte da imagem: 






Referências:


Câmara, F. P. & Moreno, M. Ecologia do vírus SARS-CoV-2 e estado atual da COVID-19. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.3, p. 13106-112. May/Jun 2021. DOI: 10.34119/bjhrv4n3-263.

Fields, B. N., et al. FIELDS VIROLOGY. 6 ed. Filadélfia: Lippincott & Wilkins, 2013. v. 1, 2.

https://www.youtube.com/watch?v=vX_Xiq-pgGY.  Acesso 09/07/2021.

https://noticias.r7.com/saude/anvisa-alerta-para-risco-de-miocardite-apos-vacina-da-pfizer-09072021. Acesso 09/07/2021.

https://youtu.be/xbtWMLRTTqU Acesso 13/07/2021.

https://www.who.int/en/activities/tracking-SARS-CoV-2-variants/. Acesso 11/07/2021.

https://covariants.org/shared-mutations. Acesso 11/07/2021.

https://viralzone.expasy.org/9556 Acesso 11/07/2021.




Comentários

Imagem esquemática do SARS-CoV-2 exibindo a espícula glicoproteica S

Imagem esquemática do SARS-CoV-2 exibindo a  espícula glicoproteica S
Ela é responsável pelo fenômeno de adsorção, a ligação do vírus à célula, e portanto, pelo início da infecção viral. O SARS-CoV-2 se liga às células através de um receptor, a enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2), presente nas superfícies de células do pulmão, do intestino, do rim, e de vasos sanguíneos. Imagem: https://www.scientificanimations.com/C&EN/Shutterstock.

Imagem esquemática do SARS-CoV-2.

Imagem esquemática do SARS-CoV-2.
Observe receptor presente na célula [ACE2] que se liga à proteína S. Human cell = célula humana; Glycoprotein = glicoproteína. Imagem: https://www.scientificanimations.com/C&EN/Shutterstock.

SARS-CoV-2 iniciando o processo de infecção.

SARS-CoV-2 iniciando o processo de infecção.
Fenômeno de adsorção - quando o vírus "toca" a célula com "segundas intenções". A menor quantidade de receptores ACE-2 nas células das crianças explicaria o fato desta faixa etária ser menor atingida por este novo coronavírus.