40 anos depois - Declaração da Erradicação da Varíola no Planeta
Hoje, comemoramos o 40º Aniversário da Declaração de Erradicação da Varíola.
Selo comemorativo da OMS:
Em 1980 era um "rapazote" de 15 anos. Sonhava em ser um cientista. Não exatamente um virologista ou microbiologista. Na época, uma jovem conhecida, que já havia tentado passar no Vestibular da Cesgranrio por três tentativas, dizia que era muito difícil. Ficava muito preocupado com esta notícia!
O Vestibular era o terror dos estudantes!
O vírus da varíola circulou no planeta por pelo menos 3.000 anos. Sua erradicação em 1980, eliminação na superfície do planeta, foi devida a um esforço global da sociedade liderado pela OMS, e assim o sonho foi possível.
Em 1980 era um "rapazote" de 15 anos. Sonhava em ser um cientista. Não exatamente um virologista ou microbiologista. Na época, uma jovem conhecida, que já havia tentado passar no Vestibular da Cesgranrio por três tentativas, dizia que era muito difícil. Ficava muito preocupado com esta notícia!
O Vestibular era o terror dos estudantes!
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O vírus da varíola circulou no planeta por pelo menos 3.000 anos. Sua erradicação em 1980, eliminação na superfície do planeta, foi devida a um esforço global da sociedade liderado pela OMS, e assim o sonho foi possível.
Virologistas de prestígio mundial se engajaram nessa luta, como o Professor Frank Fenner (1914-2010). No século XX, a varíola ceifou mais de 300 milhões de vidas.
xx
No início do século XX, um outro vírus, o da influenza, abalou o cenário mundial com a pandemia chamada de gripe espanhola, matou mais de 50 milhões de pessoas, apesar de sua baixa taxa de mortalidade, de apenas 2%. Lembra o SARS-CoV-2, quando do seu início na segunda quinzena de março de 2020, a taxa estava em torno de 2%. Hoje é 14%.
O professor Fenner na época da espanhola tinha apenas 4 anos. Fica a pergunta: - como uma criança australiana percebeu uma doença que dava voltas ao redor do planeta com esse poder destruidor?
Será, que mesmo ainda criança, este evento definiu sua vida pessoal e profissional?
Tais questionamento me vêem a cabeça por conta de um episódio que passei com 4 anos de idade.
Certa vez, esperando o "lixeiro", como chamávamos o gari na época, 1969, por conta de gostar de vê-los rodando com apenas uma das mãos o grande barril de lixo, me deparei com um senhor negro entrando pelo quintal para pegar o nosso pequeno balde de lixo, e quando olhei para ele com uma felicidade, disse: - Quando crescer, quero ser lixeiro!
Então ele olhou e me disse: - Pela sinceridade do teu coração, todo mal que desejo é que você um dia seja doutor.
Não lembro do seu rosto, mas me emociono ao lembrar do ocorrido.
Para a Glória do Eterno, porque mesmo com todas as limitações e falhas da natureza humana, a profecia do "lixeiro negro malabarista" se cumpriu.
Mais tarde, a lição sobre o valor das palavras continuou no durante o meu ensino médio, no Colégio Pedro II, São Cristóvão, Rio de Janeiro, Brazil; numa aula de Literatura da Professora Maria Theresa Abelha Alves, 1982, quando nos apresentou o trecho a seguir, autoria de Bess Sondel.
Como esquecê-la? Sua aula era a mais pura poesia.
...As palavras podem suscitar todas as emoções; pasmo, terror, nostalgia, pesar...As palavras podem desmoralizar uma pessoa até a apatia ou espicaçá-la até o deleite, podem exaltá-la a extremos de experiência espiritual e estética. As palavras têm um poder assustador.
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No início do século XX, um outro vírus, o da influenza, abalou o cenário mundial com a pandemia chamada de gripe espanhola, matou mais de 50 milhões de pessoas, apesar de sua baixa taxa de mortalidade, de apenas 2%. Lembra o SARS-CoV-2, quando do seu início na segunda quinzena de março de 2020, a taxa estava em torno de 2%. Hoje é 14%.
O professor Fenner na época da espanhola tinha apenas 4 anos. Fica a pergunta: - como uma criança australiana percebeu uma doença que dava voltas ao redor do planeta com esse poder destruidor?
Será, que mesmo ainda criança, este evento definiu sua vida pessoal e profissional?
Tais questionamento me vêem a cabeça por conta de um episódio que passei com 4 anos de idade.
Certa vez, esperando o "lixeiro", como chamávamos o gari na época, 1969, por conta de gostar de vê-los rodando com apenas uma das mãos o grande barril de lixo, me deparei com um senhor negro entrando pelo quintal para pegar o nosso pequeno balde de lixo, e quando olhei para ele com uma felicidade, disse: - Quando crescer, quero ser lixeiro!
Então ele olhou e me disse: - Pela sinceridade do teu coração, todo mal que desejo é que você um dia seja doutor.
Não lembro do seu rosto, mas me emociono ao lembrar do ocorrido.
Para a Glória do Eterno, porque mesmo com todas as limitações e falhas da natureza humana, a profecia do "lixeiro negro malabarista" se cumpriu.
Mais tarde, a lição sobre o valor das palavras continuou no durante o meu ensino médio, no Colégio Pedro II, São Cristóvão, Rio de Janeiro, Brazil; numa aula de Literatura da Professora Maria Theresa Abelha Alves, 1982, quando nos apresentou o trecho a seguir, autoria de Bess Sondel.
Como esquecê-la? Sua aula era a mais pura poesia.
...As palavras podem suscitar todas as emoções; pasmo, terror, nostalgia, pesar...As palavras podem desmoralizar uma pessoa até a apatia ou espicaçá-la até o deleite, podem exaltá-la a extremos de experiência espiritual e estética. As palavras têm um poder assustador.
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