REINFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS: É POSSÍVEL? COMO? - REINFECTION BY THE NEW CORONAVIRUS

microbiovirus@yahoo.com.br

Na última Quarta feira, 10/12/2020, foi confirmado através de testes realizados no Laboratório de Vírus Respiratórios, da Fiocruz/RJ – Referência Nacional para COVID-19-19, o primeiro caso suspeito de reinfecção pelo SARS-CoV-2 no Brasil. 


Figura 1. Google imagem




A seguir,  imagens baseadas em microscopia eletronica do rinovírus humano. Junto com os coronavírus, são responsáveis por cerca de 80% dos resfriados comuns que afetam a nossa espécie - a infecção das vias aéreas superiores.


Observe que a camada da superfície do rinovírus não é uniforme, não é  lisa. É ondulada, se podemos falar assim. Possui um relevo acidentado, com altos e baixos. Essa camada ou capa que reveste o rinovírus é de natureza proteica e é chamada de capsídeo. 

 

Trata-se de uma estrutura formada através da sequência de aminoácidos ligados entre si, são os "tijolinhos" da proteína. Neste caso, do capsídeo.

 

Perceba regiões mais externas, nessa superfície, em azul mais claro com pontos cor-de-rosa. E regiões mais internas, um azul mais escuro. Vejamos a hipótese do Canyon. 



Figura 2

Figura 3.


Abaixo, figura mais adiante, Figura 6, observe um pedaço, um corte desta superfície, exibido com detalhes as regiões que interagem com o receptor celular e com a molécula do anticorpo, a IgG. 


A análise estrutural do rinovírus, responsável por mais de 50% dos resfriados na espécie hu-

mana, revelou um modelo estrutural, intitulado de “Canyon”.  


Uma alusão  ao "Grand Canyon”  no Arizona,  Estados Unidos… com seus vales e montes. 


 

Figura 4. Grand Canyon, Arizona, Estados Unidos. Observe os vales (partes mais baixas) e as cristas (partes mais elevadas). Google imagens.


ou 


os  Canyons  dos apertados  em  Currais Novos-RN, Brazil. São mais
bonitos...


Figura 5




continuando:


A região do genoma viral que  codifica  os resíduos  de  peptídeos,  os   aminoácidos  que

compõem a parte interna da   capa  viral•  (os vales),   é  mais conservada•• do que as regi-

ões  que codificam os aminoácidos localizados  na superfície  mais externa do vírus, 

as cristas.  Veja figuras 2, 3 e a próxima, a 6. 

•  capa viral = capsídeo

•• sequência conservada de aminoácidos = que não se altera = permanece a mesma.


Os resíduos  externos  do capsídeo,  as proteínas  da  superfície,  a  região do capsídeo que 

está  mais pra fora,  contém as sequências de aminoácidos que irão interagir  com as   imu-

noglobulinas,  os anticorpos, a IgG ou  a IgM.


Enquanto  que  as sequências  encontradas nas  partes  mais internas do  capsídeo,  as   se-

quências conservadas, são aquelas que interagem com o receptor presente nas células.


Figura 6. Pequeno corte da capa do vírus (do capsídeo), com a finalidade  de observarmos as 

regiões mais expostas que interagem com as imunoglobulinas  e  aquelas nas depressões, nos 

vales que interagem com o receptor presente na célula infectada.



A Figura 6 exibe um pedaço da superfíce do capsídeo viral do rinovírus,  exibindo as partes 

mais internas,   os vales, com suas sequencias  de  aminoácidos  conservadas  que  se ligam 

aos receptores  das  células  das vias aéreas superiores, e as partes  mais externas, as cristas,  

com as sequencias  de aminoácidos variáveis. É esta região mais  pra fora  que interage com 

o anticorpo,  a IgG. Como ela  muda  (a  sequencia  dos seus  aminoácidos),   os    primeiros  

anticorpos    produzidos  na primeira infecção não irão se  ligar ao  vírus da provável segun-

da infecção.



“- Portanto, é de fácil compreensão, de que existe uma fidelidade do virus à célula do hospedeiro, ao local que está sendo infectado. Neste caso, vias aéreas superiores, mas não às moléculas das imunoglobulinas. Esta variação na sequencias de aminoácidos localizados na superfície, parte mais externa, faz com que num próximo encontro da pessoa com o rinovírus, que sofreu mutação na parte mais externa, o sistema imune precisará produzir uma nova resposta  imunológica. O que leva em torno de 10 ou até um pouco mais de dias. Podendo então, nesta segunda infecção apresentar todos os sintomas quando do seu primeiro encontro com o vírus. Se não houvesse a mutação, a primeira infecção iria estabelecer uma memória imunológica, o que  acontece com as vacinas. Neste caso, mesmo com a memória imunológica, o sistema de defesa do organismo, não reconhecerá prontamente estes vírus. É como se a pessoa encontrasse um novo virus. Isso explicaria mais de um episódio de resfriado por ano em um mesmo indivíduo, no caso dos rinovírus. Ou seja, a reinfecção.”




Então:


Resumindo o Modelo do Canyon - Parte externa do capsídeo viral, as cristas, que apresentam variações nas sequências dos aminoácidos, interagem com os anticorpos. E parte interna do capsídeo, os vales,  que NÃO apresentam variações nas sequências dos aminoácidos, interagem com os receptores celulares. Portanto, o vírus é fiel ao receptor, sempre se liga a ele. Mas, não aos anticorpos. Por conta disso, o organismo precisa fazer uma nova resposta de defesa, que pode levar até 12 dias. Nesse caso,  a pessoa ficará desprotegida, podendo ser reinfectada.

 




Vejamos o que ocorre com os coronavírus.

 

A imagem a seguir, Figura 7, é a representação esquemática da partícula do SARS-CoV-2, indica as proteínas presentes no envelope viral. Trata-se de um virus envelopado. Diferente dos rinovírus.


Observe a espícula glicoproteica S, a proteína S e não proteína spike, como traduzem erradamente. Ela é a responsável por ligar o coronavírus à célula (fenômeno chamado de adsorção), e assim, iniciar o processo de entrada da partícula viral dentro da célula. Ou seja, a infecção viral começa aqui, neste ponto.


Figura 7

 

A proteína S, em vermelho, Figura 8, se liga ao receptor celular ECA-2, em azul. Se isso não ocorrer, não haverá infecção.


Figura 8


Para que ocorra a infecção essa etapa de ligação do vírus à célula deve ocorrer (a adsorsão viral). Caso contrário, não haverá doença no corpo.

 

Por outro lado, a proteína S pode ser neutralizada por anticorpos, tipo IgG, que se ligam a ela, impedindo sua ligação ao receptor ECA-2. Figura 9.

Figura 9


Todavia, com os coronavírus também ocorrem variações nas sequencias dos aminoácidos, seta na região verde, Figura 10 ( pequenas mutações pontuais chamadas de "antigenic drift", responsáveis pela formação das variantes genéticas; já o "antigenic Shift" são responsáveis pelas recombinações genéticas, responsáveis pelos grandes deslocamentos genéticos que podem gerar um novo coronavírus, o SARS-CoV-3, por exemplo). Aqui, como nos rinovírus, as sequencias de aminoácidos que se ligam aos anticorpos também variam. Uma possível reinfecção pelos coronavírus pode ser explicada por um mecanismo semelhante ao modelo do Canyon, já descrito. Não há fidelidade às imunoglobulinas produzidas  lá da primeira infecção. Figura abaixo.


Figura 10


 

A boa notícia é que a mesma região da proteína S que se liga ao anticorpo, também se liga ao receptor ECA-2. Veja Figura 11, a parte inferior direita.


Figura 11


Este coronavírus, continuará infectando  nossas vias aéreas superiores, mas, talvez, por conta dessas mutações, não mais se ligue com a mesma intensidade as nossas células, ou seja, com a mesma força de quando ocorreu com a primeira infecção. O mesmo ocorrendo com sua ligação aos anticorpos. Tal estratégia nos faz lembrar o modelo do Canyon, o que pode até acarretar no fim de sua alta transmissibilidade, por conta dessa menor afinidade aos receptores presentes nas células do trato respiratório superior.


Podemos admitir, considerando a reinfecção, que este novo coronavírus pertence à categoria dos vírus "evasion strong", os "fortes" em escapar do sistema imune do hospedeiro. E, justamente, por meio dessa estratégia de evasão, a transmissão pessoa-pessoa poderá ser comprometida.

 

Podemos vislumbrar não somente a diminuição da infecção no organismo do hospedeiro,  gerando sintomas mais leves e  mais brandos no corpo, mas também a queda da transmissão entre a população,  por conta de sua menor afinidade  às células das vias aéreas superiores. Ou seja, infecta, mas não o faz com tanta eficiência.


Ademais, sabe-se que este novo coronavírus sendo pantrópico, infecta uma diversidade de tipos celulares outros, como enterócitos, pneumócitos, macrófagos, queratinócitos da língua,  que expressam outros receptores, diferentes do receptor ECA-2. Os quais, tais receptores, podem, também, apresentar uma menor afinidade à proteína S destes novos coronavírus mutantes, emergidos de suas tentativas de escape do nosso sistema de defesa. 


Para os pessimistas, a frase seria: - O SARS-CoV-3 está saindo do "forno", naturalmente. Mas, como virologista de formação, prefiro acreditar que o Game Ogivas Sombrias da  Morte•  está mudando ao nosso favor. Estamos saindo do Vale da Sombra da Morte.  As Histórias da Humanidade e da Microbiologia mostram isso.

 

• https://profmarcelomoreno2010.blogspot.com/2020/11/a-2-onda-do-sars-cov-2-ou-infectando-os.html 




A pandemia pode estar no seu fim.

A humanidade agradece.


Figura 12. Google imagens. 


– Não fique surpreso com a reinfecção viral, isso é próprio da biologia dos rinovírus e dos coronavírus. 


Atualizado em 23/12/2020:

Fonte: https://virological.org/t/preliminary-genomic-characterisation-of-an-emergent-sars-cov-2-lineage-in-the-uk-defined-by-a-novel-set-of-spike-mutations/563.  Acesso 23/12/2020.


Inglaterra confirma 2 casos de variantes genéticas do SARS-CoV-2 oriundos da África do Sul. A mutação da  cepa 501.V2 gerou a variante B.1.1.7. Acredita-se que esta variante é 70% mais transmissível que a cepa origem.


Outras também, já circulam, diferentes da originada em Wuhan, como a D614G e a A222V.


Dados preliminares indicam que esta nova variante na Inglaterra se espalha bem entre as crianças. Caso se confirme, espera-se que esta faixa etária também seja mais atingida. 


Todavia, não devemos nos alarmar. Cautela, sem pânico. A história mostra que este jogo, pode estar virando para o nosso lado.



No Brasil foi identificada em uma mulher de 41 anos, uma cepa da

proveniente de uma linhagem de um pangolim [B.1.1.248], a cepa

Brazil/SP-844R2/2020, dados de 21/11/2020. Porém, a cepa, com

apenas três mutações na sequencia de nucleotídeos, na região ORF1b

do genoma do SARS-CoV-2,  não representa até o momento qualquer 

alteração na epidemiologia da pandemia aqui no Brasil. 


Fonte: https://nextstrain.org/ncov/global. Acesso 23/12/2020.


Obs. Outras mutações foram detectadas e associadas ao Rio de Janeiro anteriormente.



Todavia, nesse momento fica a questão: - As vacinas irão funcionar?


Atualizado em 26/12/2020:


França e Espanha( 4 casos) registram casos de reinfecção:


Aparentemente são pessoas que estão chegando da Inglaterra.


Dinamarca, Holanda, Suécia, Itália e Japão (5 casos), tumbém. Acredita-se que sejam variantes mais transmissíveis.


Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-55447162 Acesso 26/12/2020.


EuroNews.com Acesso 26/12/2020.



Atualizado em 28/12/2020:


Maria, jovem portuguesa da cidade do Porto, Portugal, 17 anos, foi infectada por duas variantes do SARS-CoV-2. Durante quase 100 dias apresentou resultados positivos nos testes.


Fonte: https://www.publico.pt/2020/12/23/ciencia/noticia/maria-17-anos-infectada-duas-estirpes-sarscov2-tempo-1944065 

Acesso 28/12/2020.


Ademais, a riqueza da Dinamarca parece estar sendo ameaçada com novas variantes do vírus nos dóceis e bonitos animais, os visons, que servem para fazer casacos e que enriqueceram muitas pessoas para atender à demanda da sociedade com maior poder aquisitivo.

Estima-se que 17 milhões de visons serão sacrificados.


Fonte: https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/11/05/dinamarca-vai-sacrificar-milhoes-de-visons-para-evitar-nova-mutacao-de-coronavirus.ghtml Acesso 28/12/2020.



Atualizado em 30/12/2020:


A variante genética do SARS-CoV-2 é encontrada em um jovem do estado do Colorado, Estado Unidos. A cepa é 70% mais transmissível do que a original.


Atualizado em 01/01/2021:

A variante genética do SARS-CoV-2, B117, foi detectada em São Paulo, em 31/01/2020.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2020/12/31/variante-do-novo-coronavirus-que-surgiu-no-reino-unido-e-identificada-em-sp Acesso 01/01/2021.


Nos Estados Unidos, com mais de 20 milhões de contaminados, variante do coronavírus, a B117 transmitida mais facilmente, 2,8 milhões já foram vacinadas com a primeira dose, a meta era de 20 milhões. Farmeaceutico esqueci doses da Moderna fora da refrigeração e foi preso. 


Turquia também identifica a variante em seu território.


Em Londres o número de infectados dobra a cada duas semanas. Há falta de equipe médica.

Todos os órgãos dizem que a vacina é eficaz contra a variante.

França,  partir de hoje, terá toque de recolher.


Atualizado em 08/01/2021:


Variante genética do SARS-CoV-2 é detectado em Salvador, Bahia, Brazil.


Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/01/08/mutacao-mais-contagiosa-pode-ter-causado-reinfeccao-na-ba-diz-estudo-preliminar Acesso 08/01/2021.



Atualizado em 11/01/2021:


"As variantes do reino Unido e da África do Sul têm alterações  no gene da proteína S com a possibilidade de serem mais infecciosas"
Professor Lawrence Young , Universidade de Warwick.


Fonte: https://www.bbc.com/news/science-environment-55404988 Acesso 11/01/02021.




Atualizado em 12/01/2021:


Nova variante do coronavírus, provisoriamente chamada de B.1.1.28, presente no Estado do Amazonas [divulgado pela FIOCRUZ] chega ao Japão. Reino Unido proíbe vôos do Brasil para evitar que esta variante atinja o país.

Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2021/01/12/nova-variante-de-coronavirus-e-encontrada-no-amazonas.ghtml Acesso 12/01/2021.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-01/fiocruz-investiga-circulacao-de-variante-do-coronavirus-no-amazonas Acesso 15/01/2021.

Atualizado em 14/01/2021:

Reino Unido decide barrar viajantes do Brasil, Portugal e mais outros 14 países devido à disseminação da nova variante do SARS-CoV-2.

Portugal também, 6 dias depois, em 20/01/2021.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/01/14/reino-unido-decide-barrar-viajantes-oriundos-do-brasil-e-de-outros-14-paises-por-nova-variante-do-coronavirus.ghtml Acesso 14/01/2021.

Fonte:https://www.mundolusiada.com.br/turismo/governo-aplica-restricoes-a-entrada-em-portugal-de-passageiros-do-reino-unido/ 20/01/2021.
  


Atualizado em 22/01/2021:

Em Lisboa, é detectada nova variante vinda da África do Sul.

Fonte: https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/nova-variante-do-coronavirus-descoberta-na-africa-do-sul-detetada-em-portugal Acesso 22/01/2021.



Atualizado em 25/01/2021:
Foi notícia em: https://www.tecmundo.com.br/ciencia/209884-nova-variante-coronavirus-b117-40-letal.htm Acesso 25/01/2021.

Nova variante B117 do coronavírus pode ser até 40% mais letal

25/01/2021 às 14:00 


 




Atualizado em 10/02/2021:

Mais notícias sobre variantes do SARS-CoV-2:

A variante amazônica é detectada no Estado da Paraíba. Trata-se da linhagem P1 (já circulando  no Estado do Amazonas). No mês de janeiro/2021 a linhagem P2 (mutação E484K) já havia sido detectada na Paraíba.




Atualizado em 16/02/2021:



Variante do SARS-CoV-2 da Amazônia já atingiu 12 estados da federação. A variante, chamada de P.1. Até a presente data esta variante parece ser mais transmíssivel.




Atualizado em 08/04/2021: 


Além da P1 é encontrada em Minas Gerais uma outra variante,  denominado provisoriamente de P4.


"Alguns dos elementos encontrados são associados a uma maior  transmissão do vírus e compartilhados  com as variantes brasileiras P1 e P2, que surgiram em Manaus e no Rio de Janeiro, respectivamente, e também da sul-africana B.1.1.351 e a britânica  B.1.1.7."


Parece ser uma quimera de todas até agora.


Fonte: https://www.poder360.com.br/coronavirus/cientistas-encontram-nova-variante-do-coronavirus-em-belo-horizonte/ Acesso 08/04/21.



Atualizado em 03/05/2021: 


Israel identifica a cepa indiana e seu território. 4 pessoas já vacinadas 

foram reifectadas pela vacina da pfizer. A variante já foi identificada em 

17 países.


Fonte: https://www.poder360.com.br/coronavirus/israel-identifica-casos-de-infeccao-pela-variante-indiana-em-vacinados/ Acesso 03/05/21




Atualizado em 07/05/2021: 


Identificada uma nova variante da P1 no Rio de Janeiro. Parece ser letal para jovens. Atualizo em breve. Seria a variante da variante.



Atualizado em 20/07/2021


Variante indiana é encontrada no Brasil.


"O Governo do Estado do Maranhão confirmou, nesta quinta-feira   
(20/05), os primeiros casos de covid-19 provocados pela variante B.1.617, detectada originalmente na Índia."


Segundo os investigadores que estudam especificamente as variantes, as projeções não são boas. 


Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-57152609 Acesso 20/05/2021.



A OMS lançou nota dizendo que esta é uma ameaça global. Especialista da Fiocruz diz que Brasil poderá passar seus piores momentos nos próximos 3 meses.


“Nós o classificamos como uma variante de preocupação ao nível

 global”, afirmou Maria Van Kerkhove, a autoridade técnica da OMS 

contra a COVID-19, durante coletiva de imprensa. "Existe alguma 

informação disponível que indica uma transmissibilidade acentuada", 

destacou sobre o porquê da nova classificação.

Fonte: https://canaltech.com.br/saude/oms-faz-alerta-de-risco-global-apos-descoberta-de-cepa-indiana-do-coronavirus-184573/ Acesso 20/05/21.


"Antes de divulgarem tais informações, deveriam aguardar  mais, sem  colocar em pânico o mundo, que já se encontra  inquieto. As campanhas de vacinação continuam, devemos aguardar. Mas até agora, não percebi que estas orientações e alarmes tenham um efeito  benéfico. Entendo como cautela pessoal, se errarem  ficam bem. Caso acertem,  irão dizer: - Eu não disse! O mundo precisa de transparência e  profissionalismo técnico fundamentado. O mundo está cansado de erros,  cometidos justamente por aqueles que ocupam os centros das  atenções."

Prof. Marcelo Moreno










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Imagem esquemática do SARS-CoV-2 exibindo a espícula glicoproteica S

Imagem esquemática do SARS-CoV-2 exibindo a  espícula glicoproteica S
Ela é responsável pelo fenômeno de adsorção, a ligação do vírus à célula, e portanto, pelo início da infecção viral. O SARS-CoV-2 se liga às células através de um receptor, a enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2), presente nas superfícies de células do pulmão, do intestino, do rim, e de vasos sanguíneos. Imagem: https://www.scientificanimations.com/C&EN/Shutterstock.

Imagem esquemática do SARS-CoV-2.

Imagem esquemática do SARS-CoV-2.
Observe receptor presente na célula [ACE2] que se liga à proteína S. Human cell = célula humana; Glycoprotein = glicoproteína. Imagem: https://www.scientificanimations.com/C&EN/Shutterstock.

SARS-CoV-2 iniciando o processo de infecção.

SARS-CoV-2 iniciando o processo de infecção.
Fenômeno de adsorção - quando o vírus "toca" a célula com "segundas intenções". A menor quantidade de receptores ACE-2 nas células das crianças explicaria o fato desta faixa etária ser menor atingida por este novo coronavírus.